domingo, 27 de outubro de 2013

Um final feliz...


Era uma vez uma donzela que resolveu entregar seu coração a um cavaleiro. Gostavam-se, mas  cavaleiro parecia destinado a sempre partir-lhe o coração. Vez por outra a donzela chorava e perguntava-se porque o amava, se ele a feria tanto, se era tão impossível. Mas tornava a sossegar quando o abraçava, era quando entendia que ali estava inteira, que aquilo bastava para faze-la acreditar de novo. 
Ele tinha culpa por feri-la? Nenhuma culpa, afirmo. Havia outrora sido ferido também, e por isso defendia-se de tudo, tomava seu escudo e brandia a espada, acabando por ferir quem mais o amava...
Pobre cavaleiro, mais uma vez estava indo embora, tinha medo de ferir-se e destruir o coração da donzela novamente, mal sabia ele que sua partida a destroçava, que ela desmoronava. A donzela não tinha forças para impedi-lo, mas ainda sim decidiu correr ao seu encontro. E naquele momento em que o via quase longe falou-lhe do que sentia, suplicou que não partisse, disse-lhe que não aguentaria, que não importava que ele sentisse medo, que se achasse o pior dos cavaleiros, ele ganhara seu amor. Não esperava, só precisava gritar. 
O cavaleiro entendeu então que não precisava fugir, que seu coração permaneceria sempre ali, com a donzela. Reconheceu que a amava. E desde então nunca mais largaram-se. Aprendeu que não precisava se defender dela, que ela tinha forças para desfazer os seus medos. Em troca, ele a ensinava constantemente a amar e não ter medo disso. Eram por fim felizes, sem culpa e sem medo.

sábado, 27 de julho de 2013

Tesouro


Era uma vez uma garota que queria encontrar um Tesouro, o mais precioso de todo o mundo. Para conseguir tal façanha, decidiu entrar num jardim fechado, belo e encantador. Durante todo o tempo em que por lá caminhou, deparou-se com pequenos obstáculos,  que apesar de terem causado-lhe alguns arranhões não diminuíram sua vontade de encontrar seu Tesouro. Contou com algumas pessoas que buscavam o mesmo, viu-se querida. Sabia que alguns não eram o que se pode chamar de amigos, mas não se incomodava. 
Certo dia, ouviu um amigo, que já havia passado por aquele jardim, que precisaria de uma chave para seguir em frente. Acreditando que já a possuía, prosseguiu. Até que chegou um dia em que se deparou com uma porta trancada, algumas pessoas passavam, por ter a chave, sem dificuldade, mas ela percebeu que não a tinha. Voltou todo o caminho buscando a chave, viu, que como em muitos outros lugares pelos quais tinha passado, que lá existiam falsidade, mentiras. Foi percebendo aos poucos que ela destoava do lugar, que era diferente, e que por ali não alcançaria seu Tesouro. Saiu, então, pelo mesmo portão pelo qual havia entrado, prometeu para si que não desistiria de encontrar aquele precioso Tesouro, mas que por ali não mais andaria, mesmo que ainda tivesse amigos ali. 
Seguiu então por outro caminho, aberto, com grandes obstáculos, contou com outros tantos amigos, mais madura, soube se levantar das quedas, que mesmo causando machucados não a desmotivam. Levando consigo tudo que aprendeu e reaprendendo, assim como aprendendo novas coisas, seguindo sempre seu foco. Nada a fazia desistir e sentia-se segura de ter tomado a decisão certa ao sair do jardim, uma vez que ele não a levaria mais longe. 
Até hoje segue sempre em frente, rumo ao Tesouro, confiante de que em um feliz dia chegará até ele, nunca sozinha. E ela há de chegar, um dia!

quarta-feira, 27 de março de 2013

Sobre o amor!


Tenho pra mim que toda mulher sabe quando alguém está gostando dela. Mais do que isso, acho que sempre reconhecemos aquele que é o "amor pra vida toda". Não existe um dicionário pra entender isso. Acontece. Talvez o amor chegue na hora certa e aconteça no melhor momento possível. Não tem horário marcado, nem felizes para sempre. É real. Nunca fui de acreditar nisso... Mas, sim, é real. Amor, dos que se leva pra vida inteira, não é construído de um único momento, mas de vários. Quantos planos já foram traçados pelo tal amor e nada parece dar certo. Mas, quando menos se espera, lá está ele, quando não mais se acreditava, quando tudo parecia ter ido pelos ares e fugido entre os dedos... Mas ele nunca partiu. Tenho pra mim que quando amamos de verdade nada o faz cessar. Talvez ele passe anos, ou uma vida inteira, adormecido, completamente escondido, mas nunca morreu. Talvez cansado decidiu esperar, desistido de lutar, mas existe. E lá dentro ele ainda tem a mesma vida e o mesmo calor que aquece os corações que amam. Provavelmente calado, observando o barulho das amizades e familiares, pessoas que passam... Mas continua ali. Podem existir outras paixões, outros amores... Mas se for pra vida inteira, nada se comparará! Ah, tem coração que não desiste de amar, não por uma fagulha, mas por um fogo ascendido aos poucos, que nasceu a cada peça colocada, de cada tijolo de uma amizade construída. Talvez ele simplesmente apareça com isso: amizade. Quando nos damos conta, já ali está o amor, que apareceu de repente e que não tem mais volta, que não dá brecha pra uma saída. Amor simplesmente existe, e não há nada a fazer senão demonstrar!


Nota: Sim, eu tô viva!